Incidente Diplomático

Thursday, September 04, 2008

Brasil na OPEP

O Brasil na Organização dos Países Exportadores de Petróleo - OPEP

Será que isso vinga?

O fato é que o Brasil foi convidado, e vai analisar a idéia, para depois responder se aceita ou não.

Vários aspectos devem ser levados em conta nessa hora. Por exemplo, o quanto de impacto negativo isso poderia trazer nas demais relações multilaterais do Brasil (como o Mercosul) e também nas bilaterais. Nestas acredito que especial atenção será dada à relação com os Estados Unidos.

Esqueci de mencionar: o convite foi feito ao Brasil por ninguém menos que o Irã !!

E se o Brasil aceitar, estará ao lado de diversos países de "amigabilidade" duvidosa para com o ocidente.

Bem, mas isso tudo certamente será considerado junto com outros muitos fatores, e esperamos que seja tomada a decisão mais acertada.

Qual é a mais acertada? Isso só saberemos depois...

##################################################################################

Veja abaixo algumas informações bem interessantes obtidas no site do jornal Le Monde diplomatique):

Cronologia da OPEP

A articulação dos principais países produtores de petróleo foi essencial para evitar o aviltamento eterno dos preços do combustível

14/9/1960: Os cinco principais produtores de petróleo (Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kwait e Venezuela) fundam, em Bagdá, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A criação da OPEP foi um movimento reivindicativo em reação a uma política de achatamento de preços praticada pelo cartel das grandes empresas petroleiras ocidentais – as chamadas «sete irmãs» (Standard Oil, Royal Dutch Shell, Mobil, Gulf, BP e Standard Oil da California).

15 a 20/1/1961: A carta da OPEP, adotada na conferência de Caracas, define os três objetivos da organização: aumentar a receita dos países-membros, a fim de promover o desenvolvimento; assegurar um aumento gradativo do controle sobre a produção de petróleo, ocupando o espaço das multinacionais;ç e unificar as políticas de produção. A OPEP aumentou os royalties pagos pelas transnacionais, alterando a base de cálculo, e as onerou com um imposto.

Janeiro de 1968: Após a guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, num contexto de déficit de oferta, a OPEP consegue um acordo com as companhias ocidentais, eliminando o desconto sobre o preço de venda. No fim da década, o barril já vale US$ 1,80.

1971-1972: A OPEP, que detém na época dois terços das exportações mundiais de óleo bruto, inicia o processo de nacionalizações.

16/10/1973: Primeira crise de petróleo. Durante a guerra do Yom Kipur, a OPEP aumenta o preço do óleo de 70 a 100%. Os produtores árabes declaram um embargo aos países considerados pró-Israel (Estados Unidos e Holanda). O preço do óleo sobre 400% em cinco meses (17/10/1973 – 18/3/1974), com um novo aumento de 100% na conferência de Teerã em 23 de dezembro.

Março de 1975: Primeiro encontro dos chefes de Estado dos países-membros da OPEP, em Argel.

1978 – 1981: Segunda crise de petróleo. A revolução islâmica no Irã e a guerra Irã-Iraque provocam queda na produção e disparada de preços. A política da OPEP, que não teme mais a superprodução, torna-se mais agressiva. Oito altas de preço se sucedem. Em 1980, alguns carregamentos de óleo bruto eram negociados a mais de 40 dólares o barril.

Março de 1982: A OPEP decide em Viena fixar cotas de produção, limitando o total a 18 milhões de barris diários, para manter a cotação. Como a Carta da OPEP permitia que essas cotas fossem somente referenciais, somente três países decidiram aplicá-las. A Arábia Saudita reduziu sua produção em dois terços.

Março de 1983: Em razão da queda nas vendas, a OPEP, que sofre a concorrência da política de diversificação de recursos energéticos praticada pelos países ocidentais e pela exploração de reservas fora de seu controle, baixa em 15% o preço de referência para o petróleo.

1986: Sob pressão de partidários da limitação de produção, uma conferência extraordinária da OPEP reúne-se em Genebra e decide manter um teto de 17 milhões de barris diários em março e abril. Em agosto, o volume diminui para 16 milhões de barris, mas esta medida não seria aplicada.

Novembro de 1997: A OPEP reúne-se em Jacarta e aumenta em 10 % a produção sem levar em conta a crise asiática provocando uma baixa de 40% na cotação. O preço do barril vai a US$ 10 o barril.

10/9/2000: Depois de nova alta no preço do barril de petróleo, a OPEP decide, numa conferência ministerial em Viena, aumentar em 3% a produção para segurar o preço do óleo bruto, que triplicou em um ano. O efeito da medida é quase nulo.

1º/1/2002: A OPEP reduz a produção por um período de seis meses, com o objetivo de provocar uma alta na baixa cotação do barril, que ficou abaixo de US$ 20 dólares, em conseqüência da crise econômica mundial.

24/9/2003: Os ministros da OPEP decidem reintegrar o Iraque na organização.

2004-2005: A crescente demanda de petróleo nos Estados Unidos e na China provoca um pico histórico na cotação do barril, que supera US$ 50. Em abril de 2005, a cotação chegaria a US$ 70.

############################################################

Claro que está faltando de 2006 a 2008, mas isso eu tento complementar outra hora...

Wednesday, September 03, 2008

Smiles

Pra não ficar falando só de conflitos, deixa eu comentar que por bobeira acabei deixando de finalmente conhecer o Rio de Janeiro.

Eu ía utilizar meus resquícios de milhas Smiles na promoção de férias. Bastariam 2500 milhas por pessoa por cada perna da viagem. Resumindo, com 10000 milhas iriam eu e minha mulher passar o fim de semana no Rio. Mas que droga, deixei pra decidir de última hora e acabamos perdendo a promoção.

Mas tudo bem, fazer o que. pelo menos passamos um lindo fim de semana em Florianópolis, mas que lugar lindo, como é que pode, eu nunca enjôo daquela ilha maravilhosa.

Faço até uma propaganda gratuita para o Barbaridade, é um bar muito bom, tá sempre aberto, tem o telhado azul, fica ali na praia dos Ingleses na parte sul, no caminho de quem vai para o Santinho.

Localização ótima, atendimento legal, estrutura legal, comida deliciosa...

Depois eu vou atualizar aqui com fotos tiradas lá.

Embaixada Russa no Brasil

Achei interessante o site da embaixada russa, tem vários textos disponíveis pra quem se interessa pelos assuntos relacionados a esta nação. Não é um primor de organização, mas é interessante.

Gostei desse aqui:

COMUNICADO SOBRE O ENCONTRO DO PRESIDENTE DA RÚSSIA DMITRY MEDVEDEV COM O PRESIDENTE DA FRANÇA NICOLAS SARKOZY
O Chefe do Estado Russo informou o seu homólogo francês sobre o termino da operação da imposição da paz às autoridades da Geórgia. Dmitry Medvedev ressaltou que a operação na Ossétia do Sul foi terminada por atingir o seu principal objetivo: defesa do pessoal das forças da paz russas e dos civis pacíficos.
O Presidente da Rússia afirmou que a regularização final da situação é possível caso forem cumpridas as duas condições: a retirada das tropas georgianas para as suas posições iniciais de deslocação e a assinatura de um documento juridicamente obrigatório de não-utilização da força.
Mais tarde os dois líderes continuaram a discussão da situação na Ossétia do Sul durante o almoço de trabalho. Do almoço participaram o Chefe do Governo da Rússia Vladimir Putin, os Chanceleres da Rússia e da França Serguei Lavrov e Bernard Kouchner e os assessores dos presidentes Serguei Prikhodko e Jean-David Levit.
Terminadas as quatro horas das negociações, os presidentes da Rússia e da França fizeram as declarações para imprensa e responderam às perguntas de jornalistas.
O Presidente da Rússia anunciou os seis princípios da regularização do conflito Geórgia – Ossétia do Sul elaborados durante as negociações:
- não recorrer à utilização da força;
- cessar definitivamente todas as ações militares;
- assegurar o acesso livre a ajuda humanitária;
- as forças armadas da Geórgia retornam aos lugares da sua deslocação permanente;
- as forças armadas da Federação da Rússia se deslocam na linha, anterior ao início das operações de combate, antes da criação dos mecanismos internacionais as forças da paz russas adotam as medidas de segurança adicionais;
- o início da discussão internacional das questões do estatuto futuro da Ossétia do Sul e da Abkházia e dos caminhos de garantir a sua segurança sólida.
No caso de assinatura do documento pela parte georgiana o caminho para a normalização da situação na Ossétia do Sul estará aberto.
 
12 de agosto de 2008
Serviço de Imprensa da Embaixada da Rússia

Europa ameniza com a Rússia

Pelo visto estamos novamente ganhando certos ares de estabilidade nas relações internacionais da Europa Oriental.


"Apesar da pressão da Polônia e dos Estados bálticos, a UE rejeitou qualquer tipo de sanção contra a Rússia. Sarkozy declarou que a melhor forma de ajudar a Geórgia seria através do diálogo. Em alusão aos navios norte-americanos enviados ao Mar Negro, o presidente semestral da UE comentou: "Nós não vencemos o fim do Pacto de Varsóvia para iniciar uma nova Guerra Fria".

 

Juntamente com o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, e Javier Solana, chefe da diplomacia da UE, o presidente francês viajará a Moscou no início da próxima semana, à procura de uma solução para a crise. Sarkozy não excluiu, no entanto, outras medidas contra a Rússia, caso o país continue surdo às pressões moderadas da União Européia."